É chegada a grande hora, aquela pela qual tanto esperava-se, confesso que nem meu otimismo contava com uma conclusão tão épica, e não me refiro ao filme e sua história, mas sim à notável marca de primeiro lugar, com louvor, nas bilheterias para um filme 2D. Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge ganha o pódio como o filme 2D que mais arrecadou em seu final de semana de estreia em toda a história do cinema (U$ 160 milhões). Só para constar, no hanking geral, Os Vingadores (U$ 228 milhões) e Harry Poter e as Relíquias da Morte - Parte 2 (U$ 169 milhões), porém ambos os filmes foram lançados em salas 3D também, o que pode ter contribuído muito para essas arrecadações, visto que os ingressos em 3D são mais caros.
Abrimos nosso final de semana, último de Julho, com um filme que além de marcar o mundo pop do cinema, conforme Christopher Nolan fez questão de citar em sua carta de despedida, trouxe o homem-morcego ao topo dos super heróis mais lembrados. A história que foi traçada ao longo desses 9 anos necessários para o nascimento, desenvolvimento e conclusão deste filme, foi de longe a trama mais bem montada para um herói solo. Nota-se uma verdadeira dedicação de todos os membros da equipe, desde o trabalho de cenário até a edição final, passando pelo elenco, que banhou e corou o filme com talento e inspirativa emoção dos personagens vividos por cada (núcleo principal). Batman, portanto, chega ao Brasil no dia 27/07/2012 encerrando e marcando de uma vez por toda as mentes dos apaixonados pelo tema, e ainda deixará uma saudosa lembrança àqueles que gostam, mas não vivem a intensidade do mundo dos quadrinhos.
Após um exílio de 8 anos, Batman (Christian Bale) se vê obrigado a retornar à Gothan City, que sofre com os ataques de Bane (Tom Hardy), um vilão que se apossou da cidade e trouxe o total caos às ruas. Além de ter que tratar de todos os bandidos nas ruas, Batman enfrentará um dos vilões mais poderosos já vistos em sua carreira como o herói morcego. Desta vez teremos a presença de uma majestosa felina, a Mulher-Gato (Anne Hathaway), que terá, de uma vez por todas, a representação que merece na história do homem-morcego.
A temática e todo o universo que a série criou, será um legado a ser obedecido e tomado como exemplo, Nolan construiu uma Gothan City que jamais deverá ser reformulada ou ter acréscimos desnecessários, estamos falando de uma cidade contemporânea que segue as tendências de qualquer grande cidade atual, e sua grande narrativa não para na construção de uma sociedade fiel às de hoje, temos um herói que passou por conflitos, e que de fato canalizou suas energias à fazer o bem, porém sem esquecer que para enfrentar o inimigo real de uma cidade, deve-se ser além de forte, inteligente e mais ainda, deve-se ir à lugares que nenhum herói já foi, ao limiar de sua moralidade, caráter e crença, para só então perceber quem e o que você é. Isso foi o que tirei do Legado Nolan.
Nolan fez algo inusitado e escreveu uma carta, que relata alguns dos momentos vividos por ele nos últimos anos, os quais teve o herói sombrio como companheiro constante. A carta pode ser vista, traduzida pelo Adoro Cinema, no link ao lado Despedida de Nolan. A versão original, segundo o site Collider, pode ser conferida neste outro link, Nolan's Farewell.
Espero que todos aproveitem o filme e deguste lentamente cada instante desse grande e épico final.
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